quinta-feira, 3 de setembro de 2015

DISCURSO PROFERIDO NO LANÇAMENTO DO LIVRO “BENEDITO VASCONCELOS MENDES: UM PROJETO,... VÁRIOS DESAFIOS”



29 DE AGOSTO DE 2015

Dra. Taniamá Vieira da Silva Barreto

Excelentíssimo Presidente desta Sessão Solene Vereador Francisco Carlos Carvalho de Melo;

Excelentíssimo Presidente desta egrégia Casa do Povo, Sr. Jório Régis Nogueira;

Mui Digno Homenageado desta Sessão Solene, Dr. Benedito Vasconcelos Mendes;

Ilustres cidadãos e cidadãs dirigentes das instituições literárias, culturais, artísticas, sociais e educacionais presentes nesta magnânima assembleia.

Senhoras e Senhores,

Regozija-me ter tido a coragem de assumir o desafio de sistematizar neste livro tão rica produção sobre a vida do Dr Benedito.

Agradeço a Susana Goretti, sua esposa, por partilhar comigo tão importante desafio, que foi o de mergulhar na elucidação da maravilha do conteúdo dos textos recebidos de um seleto grupo dos incontáveis amigos de Benedito Vasconcelos Mendes, que tão bem compreendem a essência da sustentabilidade social, econômica, ambiental, política e ética do Nordeste, presente no cotidiano da vida do sábio do sertão.

Foi uma coragem vinda não sei de onde, mas muito bem vinda; pois nos fez triunfar sobre o medo de não conseguirmos alcançar nosso propósito: o de dar visibilidade ao verdadeiro e inigualável produto do cidadão Benedito Vasconcelos Mendes.

Mas, creiam Senhoras e Senhores, só conseguimos alcançar a riqueza da qualidade desta obra, porque montamos uma estratégia de trabalho ousada e desafiadora, porém viável; para ampliarmos o leque da nossa visão sobre o saber ser e viver de Benedito, lendo e interpretando as características da sua identidade, a partir do que disseram alguns dos seus amigos e ex-alunos, que elencamos a seguir:

Professor / Vereador Francisco Carlos Carvalho de Melo, denominou Benedito como o sábio do semiárido.

O Advogado Francisco Marcos de Araújo, mergulhou na essência do semeador incansável de saber e cultura.

O Dr Antônio Gilberto de Oliveira Jales adentrou na essência da identidade de Benedito atribuindo-lhe o cognome de O Sertanejo Benedito.

Joana D’Arc Fernandes Coelho, lançou no papel a grandeza do conhecimento técnico-científico do Dr. Benedito e das suas realizações no campo social.

Antônio Jorge Soares, foi além das suas impressões, registrando fatos concretos da realidade do professor científico da sustentabilidade.

José Romero Araújo Cardoso, o denominou de “o grande sábio do semiárido”.

Maria do Socorro Cavalcanti, Vânia Gomes Brito Diógenes e Marcela Ferreira Lopes, assumiram cada uma, resguardadas as especificidades epistemológicas dos discursos, a ousadia na significação do homem cidadão, que produz e é produzido per si.

José Joab Aragão foi além do alcance imaginativo do saber criativo, situando os tempos idos do menino Benedito Vasconcelos Mendes, ao guardião do Museu do Sertão.

Por fim, a saudosa Anna Maria Cascudo Barreto testemunhou o Museu do Sertão, como projeto futurístico da história do semiárido.

Por sua vez, eu e Susana Goretti, enquanto pesquisadoras das obras do Cientista Benedito Vasconcelos Mendes, fomos além da condição de guardiãs das memórias a nós fornecidas, adentrando na história de seus feitos, cujos valores claros e praticados são permeados de relações humanas duradouras, engajadas no sentimento profundo vindo do coração e com autodisciplinas a serviço do processo educativo e da sustentabilidade do sertão nordestino.

Significamos que, os limites da ousadia de Benedito é a sua própria possibilidade de continuar criando e recriando ações e descobertas sobre o sertão nordestino, deixando transparecer na prática, a filosofia socrática de que “uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida”.

Construímos argumentos discursivos sobre Benedito a partir do próprio Benedito. Do seu pensamento quando diz ser preciso que nos joguemos, com prazer e alegria, em tudo que formos fazer, dando tudo de si.

Benedito vive a filosofia de vida ao seu modo, mas dentro da máxima de Dom Hélder Câmara: Feliz de quem atravessa a vida inteira tendo mil razões para viver.

A razão do viver do Benedito, nos seus 70 anos de existência, na simplicidade da sua verdadeira condição humana é de transbordar conhecimento e amizade.

O sábio do semiárido tem, não só um, mas vários sonhos, que se confundem com a sua felicidade de viver, disseminando em todos os corações nordestinos o compromisso com a natureza e com a prática da ciência, em favor do homem e do seu entorno, instigando a significação da prática civilizatória da seca.

Obrigada Dr. Benedito, por nos permitir dizer algo sobre sua vida e seus sonhos, sua simplicidade e sua sabedoria.

Que Jesus continue te abençoando.


Obrigada!

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